BAGDÁ – O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, pediu no domingo a Türkiye que desarme os combatentes separatistas curdos que recuaram para o norte do país após uma insurgência de décadas.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) começou a depor as armas numa cerimónia simbólica no norte do Iraque, em Julho, depois de retirar os seus combatentes de Türkiye para o Iraque, como parte dos esforços de paz com Ancara.
No entanto, segundo Hüseyin, continuam a existir “elementos do PKK” armados no Norte do Iraque, especialmente em Sinjar e Makhmur.
Falando numa conferência de imprensa conjunta em Bagdad com o seu homólogo turco Hakan Fidan no domingo, Hussein disse: “Apoiamos o acordo entre a Turquia e o PKK e esperamos a implementação deste acordo e a solução do problema do PKK”.
Afirmou-se que a questão dos “elementos do PKK” no Norte do Iraque foi discutida com Fidan.
Fidan disse que Türkiye espera que o PKK encerre as suas operações armadas no Iraque e se retire de lá e de algumas partes do Irão e da Síria.
“Estamos a trabalhar em estreita colaboração com o Iraque e agradeço tanto ao Iraque como à região do Curdistão pela sua cooperação nesta questão”, disse ele.
Sabri Ok, membro da organização curda União das Comunidades do Curdistão, disse esta semana que todas as forças do PKK em Türkiye se retiraram para áreas no norte do Iraque “para evitar conflitos e provocações”.
Hussein disse que após as conversações do mês passado, foram assinados 26 memorandos bilaterais de entendimento sobre energia e segurança, bem como um acordo crítico de reabilitação de água.
Um funcionário do Aeroporto Internacional de Sulaymaniyah, falando à Associated Press sob condição de anonimato, disse que os voos entre o Iraque e a Turquia serão retomados na segunda-feira, encerrando uma suspensão que já dura mais de dois anos.
O PKK anunciou em Maio que iria dissolver-se e abandonar o conflito armado, pondo fim a quarenta anos de hostilidade com Türkiye. A medida ocorreu depois de o líder do PKK, Abdullah Öcalan, que está preso numa ilha perto de Istambul desde 1999, ter apelado ao seu grupo para convocar um congresso em Fevereiro e formalmente dissolvê-lo e desarmá-lo.



