As autoridades libanesas ordenaram a libertação de Hannibal Gaddafi, filho do falecido líder da Líbia, Muammar Gaddafi, com a condição de que ele pagasse uma fiança de 11 milhões de dólares.
BEIRUTE – BEIRUTE (AP) – As autoridades libanesas ordenaram na sexta-feira a libertação do filho do falecido líder da Líbia, Muammar Gaddafi, com a condição de que ele pagasse uma fiança de 11 milhões de dólares. No entanto, outra condição para a sua libertação é que ele seja proibido de sair do Líbano por dois meses.
Hannibal Gaddafi está detido no Líbano sem acusação há dez anos.
A esperada libertação ocorreu depois de os seus advogados terem dito que ele estava doente na sua cela na sede da polícia em Beirute. A Líbia solicitou formalmente a sua libertação em 2023, citando a deterioração do seu estado de saúde depois de ter feito greve de fome para protestar contra a sua detenção.
Na sexta-feira, autoridades judiciais disseram que ele foi levado ao Palácio da Justiça em Beirute, onde o juiz Zaher Hamadeh ordenou a sua libertação após o pagamento do dinheiro.
Charbel Milad al-Khoury, um dos advogados de Gaddafi, disse à Associated Press que Gaddafi não tinha os fundos necessários para pagar a fiança e não tinha acesso às contas.
Hannibal Gaddafi está detido no Líbano desde 2015, depois de ter sido raptado por militantes libaneses que procuravam informações sobre o paradeiro de um proeminente clérigo xiita libanês. A polícia libanesa anunciou mais tarde que Gaddafi havia sido capturado na cidade de Baalbek, no nordeste do Líbano, onde estava detido. Ele está detido na prisão de Beirute desde então.
Gaddafi tem sido questionado nos últimos anos sobre o desaparecimento do clérigo xiita Musa Al-Sadr durante a sua visita à Líbia em 1978.
Este tem sido um ponto delicado no Líbano. A família do clérigo acredita que ele ainda pode viver numa prisão na Líbia, mas a maioria dos libaneses pensa que Sadr está morto. Ele teria 96 anos.



