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O Supremo Tribunal da Suíça manteve a condenação de 4 pessoas por segurarem uma faixa “Matem Erdogan” durante uma manifestação em 2017

GENEBRA — O Supremo Tribunal da Suíça rejeitou um apelo apresentado por quatro manifestantes condenados por incitar o público ao crime por causa de uma faixa que apelava à morte do presidente da Turquia numa manifestação há mais de oito anos.

O Tribunal Federal disse na quarta-feira que manteve a decisão do tribunal de primeira instância relativamente a uma faixa que dizia “Matem Erdogan com as suas próprias armas”, uma referência ao presidente Recep Tayyip Erdogan, num protesto na capital suíça, Berna, em março de 2017.

A faixa apresentava uma imagem do líder turco com uma arma apontada para a têmpora. Em 2020, o tribunal distrital condenou os arguidos, impôs multas e suspendeu as suas penas de prisão.

“Olhando para as circunstâncias concretas (a imagem selecionada associada ao texto), a faixa não pode ser objetivamente considerada outra coisa senão um incitamento claro e imediato ao assassinato do presidente da Turquia”, disse o tribunal superior num comunicado na quarta-feira. A declaração foi incluída.

A declaração dizia: “As convicções estão em linha com a liberdade de expressão e reunião”.

O tribunal disse que a democracia deveria permitir a liberdade de expressão, mesmo que as palavras utilizadas fossem ofensivas ou chocantes para muitos, mas que a bandeira “ia além do discurso inflamatório ou da crítica violenta” protegida por lei.

Erdogan fez referência à bandeira em 2017, poucos meses depois de uma tentativa fracassada de golpe de Estado na Turquia, enquanto fazia campanha por alterações constitucionais que lhe dessem novos poderes abrangentes.

A manifestação ocorreu em meio a tensões entre Ancara e partes da Europa sobre um próximo referendo em Türkiye sobre propostas de mudanças constitucionais e alegações de que Türkiye está interferindo nos assuntos políticos da Suíça.

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